A equipe do projeto “Melhor coletar e a vida melhorar” do Centro de Ação Cultural (CENTRAC) está firmando parcerias com entidades civis e governamentais para a realização de ações com catadoras e catadores de materiais recicláveis dos municípios de Campina Grande, Lagoa Seca e Queimadas. Já foram feitos contatos com a Prefeitura de Lagoa Seca, com a Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS) de Campina Grande, com os Sindicatos de Trabalhadores Rurais de Lagoa Seca e Queimadas e com a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).
As parcerias com o poder público vão contribuir com o desenvolvimento do projeto no que diz respeito ao fornecimento de dados do Cadastro Único do Governo Federal, de responsabilidade dos municípios, que permita identificar novos catadores e catadoras que estão sendo cadastrados para se integrarem às atividades do projeto, como explica Franciele Santos, educadora do CENTRAC. “As parcerias também serão importantes para favorecer ações ou políticas públicas em benefícios dos catadores”, comenta.
A UEPB, por meio do Núcleo de Tecnologia Social e do Grupo de Estudos de Gênero Flor e Flor, já vinha desenvolvendo ações junto a empreendimentos solidários de catadores/as, com o desenvolvimento de projetos de extensão. Com o “Melhor Coletar e a Vida Melhorar” a Universidade, que tem um termo de cooperação científica com o CENTRAC, terá a participação de quatro estudantes extensionistas do Curso de Serviço Social como estagiários do projeto já a partir do mês de outubro.
O Projeto tem o objetivo de promover a melhoria das condições de vida e trabalho de catadores e catadoras, com políticas adequadas de gestão dos resíduos sólidos, nos três municípios. Visa ainda criar arranjos sociais e institucionais que garantam a implementação de políticas públicas de gestão dos resíduos sólidos, bem como o fortalecimento dos empreendimentos solidários já constituídos. Para isso o projeto vai buscar potencializar a ação de catadores/as organizados/as e não organizados/as, desenvolvendo atividades como a realização de diagnóstico acerca das condições de trabalho e vida de catadores/as dos municípios contemplados pelo projeto; sensibilização, mobilização e comprometimento de agentes públicos e sociedade civil organizada; formação continuada de catadores/as; apoio a organização econômica de catadores/as, garantindo o seu protagonismo.
Serão envolvidos na proposta diretamente 400 catadores e catadoras, sendo 70% não organizados e 30% já organizados em empreendimentos econômicos solidários existentes nos municípios, e indiretamente toda a população da abrangência dos municípios. O projeto terá a duração de três anos. A participação no projeto está aberta a qualquer catador ou catadora, mais informações podem ser obtidas pelos telefones: 3341-2800 ou 9139-4146.