No dia 12 de setembro, o Projeto “Cooperar para Melhor Coletar”, realizado pelo Centro de Ação Cultural (CENTRAC), promoveu Oficina sobre a gestão municipal dos resíduos sólidos e aspectos a serem considerados para elaboração dos planos, programas e ações que considerem a inclusão socioeconômica de catadores de materiais recicláveis na efetivação da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Participaram 42 pessoas entre catadores e catadoras de materiais recicláveis e gestores do município de Queimadas. A oficina faz parte de um ciclo de seis eventos, aconteceu das 08h às 17h na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Queimadas.
A oficina foi facilitada pela educadora do Projeto Franciele Santos e por Mary Alves, coordenadora do projeto, que iniciou apresentado a proposta da oficina e destacando seus objetivos: “não queremos trazer nada pronto, e sim construir a partir da realidade de vocês decidimos iniciar o nosso ciclo de oficinas por Queimadas porque o município está em processo de elaboração do plano municipal de resíduos sólidos” afirmou.
A manhã foi iniciada com uma dinâmica de apresentação, em seguida foi realizado um trabalho em grupo, os participantes se dividiram em cinco grupos para refletir sobre a politica nacional. Á partir da discussão eles selecionaram as imagens que cada grupo tinha e construíram um cartaz sobre o que conheciam acerca da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Na segunda parte da manhã foi realizada uma exposição usando a metodologia do questões. O catador de materiais recicláveis Naldo Candido Barbosa expressou em sua fala o que deseja: “nós catadores de reciclados pedimos aos gestores que vejam a nossa necessidade e venham conhecer nosso trabalho. Não é fácil para cada um de nós, eu faço coleta em 12 localidades do município de Queimadas e nós precisamos de um caminhão que antes tínhamos e que foi retirado, hoje pagamos frete e não fica quase nada para sobreviver”, afirma.carrossel, onde os participantes passearam por painéis temáticos que retratavam os principais pontos da PNRS. Após o passeio temático, foi trabalhado em uma roda de diálogo o que foi observado nos painéis durante o carrossel, e a partir disto, os participantes se juntaram em grupos para responder as seguintes questões: qual a realidade do município? Qual a realidade que desejamos? Em seguida foi feito um debate sobre as
Durante a tarde foi realizada a dinâmica da montagem da árvore da politica nacional de resíduos sólidos, onde os participantes foram colocando cada parte da árvore desde as raízes até folhas. Mary Alves foi explicando como se constituiu a inclusão sócio econômica dos catadores e catadoras, falou dos decretos que segundo ela dão sustentação aos catadores, bem como a importância da legislação que favorece os catadores e catadoras, essa parte expositiva constituiu as raízes e o tronco da árvore. Os galhos foram constituídos pelas dificuldades enfrentadas pelos/as catadores/as no município e as folhas externaram as soluções apontadas, essas duas partes da árvore foram montadas pelos grupos de catadores/as e gestores/as.
A oficina foi finalizada com a avaliação dos participantes, e todos os presentes afrimaram estarem muitos satisfeitos com a formação, ressaltando em uma palavra de que forma a oficina contribuiu para o seu trabalho, no que se refere a constituição de direitos para os/as catadores/as no âmbito municipal. O resultado dos trabalhos em grupos durante a oficina, que foram elaborados por catadores/as e gestores/as, serão encaminhados à secretaria que está responsável pela elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Queimadas, para comporem as diretrizes e metas desse instrumento.
Esta primeira oficina faz parte do ciclo de oficinas do processo de formação do Projeto “Cooperar para Melhor Coletar e a Vida melhorar: apoio as condições de vida e trabalho de catadores de materiais recicláveis dos municípios de Campina Grande, Lagoa Seca e Queimadas”, que prevê ainda uma série de cursos sobre os temas: economia solidária e direitos humanos, entre outros. O Projeto tem o apoio do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) por meio da Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES).