Empreendimentos Solidários da região agreste da Paraíba discutem propostas para o Plano Estadual de Economia Solidária

Publicado por Thaynara Policarpo
Campina Grande, 18 de maio de 2016

DSCN9461Representantes de grupos de agricultores/as familiares, artesão/as, catadores/as de materiais recicláveis e assessoras técnicas das entidades de assessoria que participam do Fórum Estadual de Economia Solidária, gestores/as públicos/as e representante da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego da Paraíba participaram nesta terça-feira, 17 de maio, da Consulta Pública sobre o Plano Estadual de Economia Solidária – ES. O evento aconteceu durante a manhã, no auditório da Vila do Artesão em Campina Grande. O objetivo da atividade foi discutir com os grupos presentes as proposições elaboradas para o Plano Estadual de Economia Solidária, que vem sendo discutida desde a as conferências territoriais e estadual que aconteceram em 2014.

A integrante da Associação de Mulheres de Campina Grande – AMA-CG, Adriana Meira e a educadora do Centro de Ação Cultural – Centrac, Franciele Santos, que representa a instituição na coordenação do Fórum Estadual de Economia Solidária, foram as facilitadoras da reunião. De acordo com Franciele, a consulta pública é fundamental pra que os grupos tenham uma visão geral do que está sendo elaborado de propostas para ES no estado: “Hoje é um momento em que vamos discutir o que já foi elaborado no plano e pensar se essas propostas contemplam a diversidade de grupos e ações que são realizadas na Paraíba”, afirmou.

DSCN9468De acordo com o integrante da Incubadora de Empreendimentos Solidários – Incubes da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, Vanderson Carneiro, uma das etapas do Plano é a criação de uma comissão de elaboração das propostas. “Para que o plano seja construído, foi formada uma comissão para detalhar as propostas que foram elaboradas durante as conferências territoriais no estado. Esta comissão é formada 21 participantes, sendo nove representantes de grupos da Economia Solidária, cinco gestores e sete representantes das entidades de apoio e assessoria, contemplando as três regiões: Agreste, Zona da Mata e Sertão”, afirmou.

Em seguida, Vanderson apresentou os quatro eixos prioritários dispostos no plano, para que a plenária pudesse avaliar com sugestões e correções. Os eixos apresentados foram: Produção, Comercialização e Consumo; Financiamento: Crédito e Finanças Solidárias; Acesso a Conhecimentos: educação, formação e assessoramento e Ambiente Institucional: Legislação, integração de Políticas Públicas. “As consultas públicas já foram realizadas na região do Sertão e Zona da Mata e se encerra hoje, com a região agreste. E é importante a gente entender como está a situação da Economia Solidária no estado e pensar aonde a gente quer chegar e com que objetivo”, ressaltou.

Durante a reunião, foi discutida ainda a importância do Cadastro Nacional de Empreendimentos Econômicos Solidários – CADSOL, que permite aos empreendedores solidários o acesso às políticas públicas nacionais de economia solidária e demais políticas e a programas públicos de financiamento, crédito, aquisição e comercialização de produtos e serviços entre outras ações.

DSCN9470A coordenadora do Programa Desenvolvimento Sustentável do Centrac, Mary Alves, ressaltou a necessidade de pensar em como estabelecer a Economia Solidária com a atual conjuntura política do país. “Acredito que o nosso desafio é fortalecer nossas bases ou a gente arregaçar as mangas para fazer com que esta política se estabeleça ou a gente vai bater de frente com uma conjuntura muito difícil, sem saber como fica a situação da Economia Solidária”, falou Mary.

O evento é uma realização do Governo do Estado, através da Secretaria Executiva de Segurança Alimentar e Nutricional e Economia Solidária (SESAES), e Fórum Estadual de Economia Solidária.