No último sábado, 10 de setembro, aconteceu um encontro de articulação de jovens assentados/as e acampados/as promovido pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, com o apoio do CENTRAC. Inspirado na 7ª Jornada Nacional da Juventude Camponesa, que teve como tema: “A Juventude tem fome de quê?”, o evento ocorreu no Centro de Formação Elizabeth e João Pedro Teixeira, em Lagoa Seca-PB e reuniu 25 jovens dos Municípios de Campina Grande e Remígio. Participaram do evento jovens que participam de processos de formação promovidos pelo CENTRAC, através dos Programas Controle Social da Gestão Pública e Juventude e Participação Política dos Assentamentos Antônio Eufrozino e Pequeno Richard (Campina Grande), além de outros dois jovens urbanos.
Com o objetivo de promover um debate sobre a importância da organização da juventude assentada/acampada, o evento teve início com uma análise de conjuntura que contou com a participação de Alan Kilson, jovem do assentamento Oziel Pereira em Remígio-PB, Pedro Neto e Weslley Ricardo, ambos jovens urbanos que trouxeram para o debate suas experiências.
A discussão se centrou no contexto de perda de direitos com a ascensão de um governo ilegítimo ao poder através de um golpe parlamentar apoiado pela grande mídia. Falaram ainda das consequências para as juventudes, como a criminalização dos atos públicos contra o golpe, as ameaças à liberdade de pensamento nas escolas através do Projeto “Escola sem partido”, as investidas para redução da maioridade penal e as recentes perdas de políticas públicas que foram construidas ao longo da última década, tanto para as juventudes urbanas como rurais.
Após este momento, o grupo foi convidado a discutir sobre o papel das juventudes no momento atual, quais as principais dificuldades da juventude assentada/acampada e quais as possíveis soluções. Foi realizado um planejamento de ações e formadas comissões de articuladores/as por brigada (Caetés e Quebra Quilos).
Também participou do evento, o Coordenador dos Núcleos de Extensão em Desenvolvimento Territorial (NEDET) da Borborema, Curimataú e Seridó, Márcio Caniello da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), que disponibilizou apoio ao grupo, através dos Comitês de Juventude de cada território.