Alimentos da agricultura familiar são distribuídos pelo Centrac para famílias vulneráveis na região do agreste da Paraíba

Publicado por Thaynara Policarpo
Campina Grande, 27 de julho de 2021

O Centro de Ação Cultural – Centrac em parceria com o CCFD – Terre Solidaire, organização católica francesa e a Plataforma Mercosul Social e Solidário, distribuirá a partir de 28 de julho 700 cestas com alimentos da agricultura familiar para as famílias trabalhadoras em situação de vulnerabilidade neste momento de pandemia, localizadas nos municípios de Campina Grande, Aroeiras, Mogeiro e Puxinanã.

Parte dos alimentos que serão distribuídos foram fornecidos por agricultores e agricultoras familiares do Fórum de Lideranças do Agreste- Folia, dinâmica territorial assessorada pelo Centrac, e da Articulação do Semiárido Paraibano (Asa PB), que durante a pandemia da Covid-19 intensificaram a produção de alimentos livres de agrotóxicos e transgênicos. Cada família receberá cestas com os mais variados produtos agroecológicos, entre eles feijão, fava, jerimum, macaxeira, farinha, manteiga da terra, batata doce e frutas da estação. E ainda uma cesta com produtos de higiene pessoal e de limpeza.

Esta é uma ação do projeto “Reduzindo os impactos da fome nas comunidades rurais do agreste paraibano” que tem como objetivos contribuir para a redução dos impactos provocados pela pandemia, fortalecer a produção de alimentos agroecológicos e oferecer informação nas comunidades de intervenção do Centrac sobre as consequências da ausência governamental durante a pandemia.

Aumento da Insegurança Alimentar

De acordo com dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede PENSSAN/2020), o Brasil tem cerca de 117 milhões de pessoas sem acesso pleno e permanente aos alimentos e 19,1 milhões de pessoas que efetivamente passam fome, em um quadro de insegurança alimentar grave, que evoluiu com a chegada da Covid-19.

Apesar da alimentação ser um direito básico de todo ser humano, milhares de pessoas no país têm esse direito negado pelo estado brasileiro, cuja obrigação constitucional é garantir alimentação a toda população (Art.6º da CF/88) através das políticas públicas de combate à pobreza e à miséria e da garantia do direito humano à alimentação adequada e saudável.

A sociedade tem se mobilizado para reduzir os efeitos da crise econômica e sanitária. Diante da ausência do poder público, as organizações de cooperação, como o CCFD, têm ajudado a enfrentar as necessidades materiais e a informar a população sobre as medidas adequadas de prevenção e cuidados diante do coronavírus.