Na próxima terça-feira, 10 de dezembro, das 7h às 12h, a Praça da Bandeira, em Campina Grande, será palco de mais uma edição da Feira Regional Agroecológica “Natal Sem Veneno”. Coincidindo com o Dia Internacional dos Direitos Humanos, o evento destaca a agroecologia como alternativa ao modelo agrícola baseado no uso de agrotóxicos e na monocultura.
Neste Dia Internacional dos Direitos Humanos, a feira reafirma a defesa de direitos, com uma agricultura que respeite os modos de vida tradicionais e que garanta o direito à segurança alimentar e nutricional, o acesso à água, à terra e à proteção dos bens comuns. O evento se configura como um espaço de celebração e resistência, promovendo a agroecologia como um modelo sustentável, centrado na justiça social e ambiental e alinhado aos princípios dos direitos humanos.
A feira reunirá agricultoras e agricultores de quatro territórios da Paraíba — Cariri, Curimataú, Agreste e Brejo — com uma diversidade de alimentos in natura, beneficiados, artesanatos e itens de cuidado pessoal feitos a partir de plantas medicinais da Caatinga.
Todos os alimentos são livres de agrotóxicos, respeitando o meio ambiente e a saúde das pessoas. Quem comercializa na feira são as próprias famílias agricultoras, eliminando atravessadores e garantindo uma renda mais justa e valorizando a agricultura familiar de base agroecológica.
A programação inclui trio de forró, teatro de bonecos e sorteio de um balaio agroecológico. É uma oportunidade para adquirir alimentos de qualidade, apoiar a agricultura familiar e garantir um Natal mais saudável.
O evento também busca alertar sobre os impactos negativos do uso abusivo de veneno na agricultura no Brasil, que é líder mundial no consumo de agrotóxicos desde 2011.
A recente aprovação da Lei 14.785, conhecida como “Pacote do Veneno”, facilita a liberação de substâncias tóxicas, a maior parte delas proibidas em outros países. Essa flexibilização, além de outros danos, onera o Sistema Único de Saúde (SUS) com os custos relacionados à contaminação e às doenças graves decorrentes dessa prática abusiva e indiscriminada de uso de veneno na agricultura em nosso país.
Promovida pela Articulação Semiárido Paraibano (ASA Paraíba) em parceria com a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e a Comissão de Produção Orgânica da Paraíba (CPOrg), a feira acontece três vezes ao ano, consolidando-se como ponto de encontro entre a população consumidora e as famílias agricultoras que acreditam em uma agricultura que alimenta a vida e não a morte.