A Campanha Ficha Limpa foi apresentada na 47ª Assembléia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Itaici (SP), no sábado passado (25/04). A ex-secretária executiva do Comitê Nacional do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Suylan Midlej, mostrou por meio de números os avanços do movimento.
“Um ano se passou após a aprovação unânime do Projeto de Lei de Iniciativa Popular sobre a vida pregressa de candidatos na 46ª Assembléia Geral da CNBB. Hoje, vim aqui para apresentar os dados obtidos em todo o Brasil”, disse Suylan Midlej. O objetivo é recolher 1,3 milhão de assinaturas para apresentar ao Congresso Nacional um Projeto de Lei visando modificar a lei de inelegibilidade. O projeto, que está sendo divulgado pela Campanha Ficha Limpa, foi elaborado por juristas integrantes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que congrega 40 entidades, dentre elas a Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP) da CNBB.
De acordo com os números apresentados pela ex-secretária executiva, foram recolhidos 644.773 mil assinaturas. Deste total, 77,8% vêm das dioceses, paróquias e entidades da Igreja Católica. “Isso mostra a força social da Igreja e o quanto ela é importante para a sobrevivência desse projeto, dentre outros”, afirma Suylan. A expectativa do MCCE é que o número total chegue a 700 mil assinaturas, devido a mais de 50 envelopes ainda fechados e que deverão ser contabilizados em breve.
“Devemos intensificar o apelo nas dioceses pelas assinaturas, principalmente nas da região norte e nordeste do Brasil, pois detectamos, em nossos números, uma participação ainda muito tímida em relação aos outros estados. A nossa intenção é recolher 10 mil assinaturas em cada diocese no mês de maio”, acrescentou Suylan, ressaltando que é preciso observar a proporcionalidade do colégio eleitoral em cada estado. Segundo ela, se o movimento alcançar essa marca, o envio do Projeto de Lei à Câmara dos Deputados estará mais perto.
Outro aspecto importante levantado são as exigências legais para o preenchimento correto do formulário de participação, pois não pode haver rasuras, erros, falta de números, abreviações nos nomes, ou qualquer outra situação que não seja pedida no formulário.
Fonte: Assessoria de Comunicação da SE-MCCE e Agência de Notícia CNBB.