Na próxima segunda-feira, dia 27 de abril, é comemorado o Dia Nacional da Trabalhadora Doméstica e para lembrar a data, a Associação das Trabalhadoras Domésticas de Campina Grande, em parceria com o Centro de Ação Cultural – CENTRAC vai realizar das 13h30 as 17h um “Mutirão de Serviços” na Praça da Bandeira. Na ocasião serão distribuídos materiais tais como cartilhas, informativos e etc. Além disso, estarão presentes representantes do Programa de Educação Previdenciária do INSS, da Delegacia Regional do Trabalho, do Escritório Modelo do Núcleo de Práticas Jurídicas da FACISA, do Curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas – FCM e da Articulação de Mulheres da Paraíba. Estas instituições irão prestar esclarecimentos para as trabalhadoras domésticas e mulheres em geral sobre temas como violência contra a mulher, saúde da mulher, direitos trabalhistas e direitos previdenciários entre outros.
Nos stands montados na Praça da Bandeira, também haverá os serviços de emissão da carteira de trabalho, aferição de pressão arterial, testes de glicemia, orientações com relação a saúde da mulher e a divulgação do conjunto de spots para rádio que falam sobre a problemática do Trabalho Doméstico no país. Haverá a venda de produtos da Cooperativa “Mulheres em Ação”, do bairro do Catolé, que comercializa alimentos naturais e conta com o apoio e assessoria do CENTRAC.
A atividade faz parte da “Campanha pela Valorização do Trabalho Doméstico: na luta por direitos, igualdade e reconhecimento”. A iniciativa faz parte do conjunto de ações do Projeto “Construindo uma Nova Cultura de Direitos no Universo das Trabalhadoras Domésticas” coordenado pelo CENTRAC, em parceria com a Associação. Desde o ano passado o projeto já qualificou mais de 100 mulheres que participaram de cursos gratuitos de informática, culinária, direitos trabalhistas e direitos previdenciários. As ações também incluem assessoria jurídica às trabalhadoras e apoio para participação de atividades como as Conferências Municipal e Estadual da Mulher.
A Campanha conta com o apoio financeiro da Agência de Cooperação espanhola Manos Unidas e do Fundo Ângela Borba e visa sensibilizar a sociedade civil e os agentes públicos para o reconhecimento dos direitos das trabalhadoras domésticas e pela igualdade de direitos em relação às demais categorias.
Mais informações pelos telefones: 3341-2800 ou 8829-7621.
Padroeira das Trabalhadoras Domésticas
Santa Zita não está entre os santos brasileiro mais conhecidos e pouca gente sabe que é graças a essa santa que 27 de abril passou a ser o Dia Nacional das Empregadas Domésticas. A comemoração acontece no dia em que ela morreu, ainda no século XIII, na Itália. Desde menina, Santa Zita trabalhou como empregada, filha de camponeses pobres ela nasceu em Monsagrati, na Itália em 1218. Começou a trabalhar como Doméstica aos 12 anos, e trabalhou 48 anos para uma mesma família, sendo maltratada e humilhada durante todo o tempo que exerceu a profissão. Santa Zita era Católica e durante o Pontificado de Pio XII foi transformada em Padroeira das Trabalhadoras Domésticas. Desde então a data é um dia de luta pelo reconhecimento quanto à igualdade de direitos dessa categoria com os/as demais trabalhadores e trabalhadoras.
Dados interessantes:
– O Trabalho Doméstico é o que mais emprega mulheres no Brasil, e emprega mais pessoas que a Construção Civil;
– Em 93,2% dos casos ele é feito por mulheres e mais da metade delas, são negras;
– No Brasil estima-se que existam cerca de 8 milhões de trabalhadoras domésticas, e destes apenas 2 milhões têm a carteira de trabalho assinada.
– Não existe uma faixa etária definida, as mulheres trabalham desde a infância, até a terceira idade.
FONTE: Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas – FENATRAD