Mercosul aprova estudos e campanhas sobre diversidade após proposta de rede GLBT

Publicado por swadmin
Campina Grande, 21 de setembro de 2009

Fonte: Adital

 

O bloco regional se comprometeu à realização de estudos, campanhas e encontros sobre os direitos humanos da diversidade sexual, recolhendo as propostas de coletivos da Rede de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT) do Mercosul que se encontraram em Montevideo participando da reunião de altas autoridades. Movilh conseguiu respaldo do Chile.

As autoridades do Mercado Comum do Sul (Mercosul) deram na última quinta-feira um sólido respaldo à promoção dos direitos humanos das minorias sexuais na região, ao aprovar diversas propostas apresentadas por organismos da diversidade sexual da Argentina, Chile e Uruguai, entre esses o Movimento de Integração e Liberação Homossexual (Movilh).

No marco da XVI Reunião de Altas Autoridades Competentes em Direitos Humanos e Chancelarias do Mercosul e Estados Associados (RAADDHH), celebrada em Montevideo entre 16 e 18 de setembro, o Grupo de Trabalho sobre "Discriminação por Orientação Sexual" do mencionado bloco regional aprovou o desenvolvimento de uma campanha sobre lésbicas, gays, bissexuais e transexuais. 

Também se comprometeu à edição de um relatório estatístico sobre a realidade das minorias sexuais, bem como a inclusão deste tema na Comissão Interamericana de Direitos Humanos, seguindo-se com isso as recomendações do Movimento de Integração e Libertação Homossexual (Movilh) de Chile, da Federação Argentina de Lésbicas, Gays, Transexuais e Bissexuais (FALGTB), do Centro de Investigação e Estudos Interdisciplinares em Sexualidade (CIEI-SEU) e de Ovelhas Negras de Uruguai, todos parte da REDE LGBT do Mercosul.

"Igualmente aprovou-se a realização de um seminário sobre educação e discriminação para orientação sexual e identidade de gênero, com o que hoje o Mercosul deu importantes sinais em torno de nossos direitos", sustentou o presidente do Movilh, Rolando Jiménez, que esteve em Montevideo reunindo-se com diversas autoridades graças ao apoio de CIEU-SEU.

As propostas foram apresentadas na terça-feira passada pelas minorias sexuais em um encontro do Grupo de Trabalho da Diversidade Sexual. Nessa ocasião, o Movilh conseguiu que o representante da direção de Direitos Humanos da Chancelaria de Chile, Gerardo Ateaga, desse seu respaldo à permanência do grupo técnico sobre Diversidade Sexual do Mercosul, pois isso estava em questão.

"Estamos satisfeitos com este apoio do Estado do Chile, pois demonstra um maior interesse por promover os direitos humanos sem discriminações de nenhum tipo", acrescentou Jiménez.

O Grupo de Trabalho sobre a Diversidade Sexual foi criado em 2007, após uma proposta da REDE LGBT do Mercosul, que derivou dos primeiros pronunciamentos desse bloco regional sobre os direitos humanos das minorias sexuais.

Junto a organizações da REDE LGBT do Mercosul, na atual RAADDHH, estiveram presentes e fizeram propostas os representantes do Instituto Nacional Contra a Discriminação a Xenofobia e O Racismo (Inadi) da Argentina, da Federação Uruguaia LGBTQeer e dos coletivos trans do país local, Arco-íris Rebelde e Camponesas Rebeldes.

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